segunda-feira, 12 de maio de 2008

«Alheamento da política» leva jovens a Belém




No dia 25 de Abril, o Presidente da República apresentou no Parlamento os resultados de um estudo que considerou preocupante sobre o «envolvimento as atitudes e comportamentos dos jovens em relação à política». Com os qualificativos a indicaram alheamento e baixa participação, ignorância e distância em relação às instituições democráticas, Cavaco Silva decidiu promover esta segunda feira um encontro debate com três dezenas de jovens para debater este problema.
«Depois de uma primeira apresentação do estudo na Assembleia da República, decidi também submeter este trabalho à discussão pública, para alertar a consciência, a interrogação dos cidadãos, em relação a uma matéria que a todos diz respeito», disse o chefe de Estado, no Palácio de Belém, lançado uma interrogação aos jovens sobre a juventude.

«A questão que se coloca, quando a mim, é esta: estamos ou não estamos satisfeitos com a participação, o envolvimento dos jovens portugueses na política local, nacional e internacional. Porque é que a política não suscita o interesse dos jovens?», indagou Cavaco Silva, tentando saber o que pode ser feito «para inverter a situação». «Foi por isso que vos convidei para estar hoje aqui».

Cavaco Silva frisou que a sua interrogação sobre o tema já não é nova. Mas se até agora se baseava apenas numa percepção empírica, o estudo que encomendou à Universidade Católica confere uma solidez «científica» às suas preocupações. «Entendi que não devia limitar-me a falar em suposições, com base nos contactos pessoais».

O chefe de Estado disse que se sentiu na obrigação de alertar a sociedade portuguesa para este problema, já que «a vitalidade das instituições democráticas depende do rejuvenescimento dos quadros políticos, da consciência cívica dos cidadãos»

«O alheamento da juventude em relação ao fenómeno político no que diz respeito ao futuro do nosso país é mais grave do que o alheamento das gerações mais velhas», apontou.

Sem comentários: