sexta-feira, 30 de maio de 2008

Eleições PSD: líder conhecido às 18:30 de sábado

Eleições PSD: líder conhecido às 18:30 de sábado



Os resultados das eleições directas do PSD, que se realizam sábado, serão anunciados pelo Conselho de Jurisdição Nacional do partido, por volta das 18:30, apenas 90 minutos depois do encerramento das urnas, escreve a Lusa.
A votação decorre em todo o país entre as 10:00 e as 17:00.

Em nota divulgada à imprensa, o PSD informou esta sexta-feira que o Conselho de Jurisdição Nacional do PSD estará reunido na sede do partido a partir das 17:00.

«Pelas 18:30, fará uma declaração à comunicação social, sobre o resultado das Eleições Directas», informa o comunicado.

Eleição taco-a-taco adiaria resultados

O gabinete de imprensa do PSD explicou que o Conselho de Jurisdição conta ter resultados claros por volta das 18:30, excepto se existir uma disputa «taco-a-taco» entre vários candidatos.

Esta informação contraria o que tinha sido dito terça-feira pelo secretário-geral do PSD, José Ribau Esteves, que tinha afirmado, em conferência de imprensa, que os resultados seriam conhecidos «como habitualmente» através da divulgação pelas várias candidaturas.

São candidatos às eleições directas Manuela Ferreira Leite, Pedro Passos Coelho, Pedro Santana Lopes e Mário Patinha Antão.

A disputa pela liderança do PSD foi provocada pela demissão de Luís Filipe Menezes das funções de presidente do partido, anunciada no dia 17 de Abril.

in diario.iol.pt

terça-feira, 27 de maio de 2008

Cerca de 75 mil militantes podem votar nas directas de 31 de Maio



Cerca de 75 mil militantes do PSD, num total de aproximadamente 150 mil, pagaram as suas quotas e poderão votar nas eleições directas de 31 de Maio, disse à agência Lusa o secretário-geral do partido.


Este número, ainda provisório, significa um acréscimo de cerca de 12 mil militantes em relação aos 63 mil que tinham capacidade eleitoral nas eleições directas realizadas há oito meses, que elegeram Luís Filipe Menezes.

O secretário-geral do PSD, José Ribau Esteves, sublinhou que o número definitivo de militantes em condições de votar nas eleições directas para a liderança do PSD apenas será conhecido na segunda-feira, data em que os cadernos eleitorais têm de ser enviados às secções do partido.

«Calculamos que o número de militantes com quotas pagas seja por volta de 75 mil. Na segunda-feira poderão ainda chegar quotas pagas por vale postal», disse o secretário-geral do PSD.

De acordo com o regulamento eleitoral do PSD que estava em vigor quando foram convocadas as directas, «apenas constam do caderno eleitoral os militantes cujas quotas estejam em dia no décimo anterior ao da eleição», que foi quarta-feira, dia 21.

Os militantes do PSD puderam pagar as suas quotas nas secções do partido, nos correios ou por multibanco até à meia-noite de quarta-feira.

Segundo Ribau Esteves, nas directas de 28 de Setembro de 2007, em que Luís Filipe Menezes foi eleito presidente do PSD contra Luís Marques Mendes, «63.042 militantes» estavam em condições de votar.

«O partido tinha então menos cerca de seis mil militantes do que tem hoje» e dos que podiam votar exerceram esse direito «cerca de 39 mil», adiantou o secretário-geral do PSD.

Ao fim de seis meses de mandato, o presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, anunciou no dia 17 de Abril a sua demissão do cargo.

O Conselho Nacional do PSD marcou eleições directas antecipadas para 31 de Maio e o Congresso que vai eleger os novos órgãos nacionais para 20, 21 e 22 de Junho, em Guimarães.

domingo, 18 de maio de 2008

Ferreira Leite arrasa:sondagem correio da manhã


Manuela Ferreira Leite é a melhor candidata para a liderança do PSD e a mais bem colocada para tentar derrotar José Sócrates nas legislativas de 2009. Esta é a conclusão de uma sondagem CM/Aximage realizada entre 7 e 9 deste mês. A antiga ministra das Finanças fica à frente nas preferências dos eleitores do PSD por larga margem, com 64,1%. Segue-se-lhe Santana Lopes, com 20%, e Pedro Passos Coelho, com 5,8%.
Patinha Antão e Neto da Silva ficam-se pelos residuais 1,6% e 0,1,%, respectivamente.

De realçar que nas directas do PSD, marcadas para 31 de Maio, votam apenas os militantes que tenham as quotas em dia e não, como é óbvio, os eleitores do PSD. Talvez por isso, e instada a comentar este resultado, Manuela Ferreira Leite afirme ao CM: 'O resultado que verdadeiramente me interessa é o do voto dos militantes, no dia 31 de Maio.'

Segundo a sondagem, a maioria dos portugueses (total da amostra) também acredita que Ferreira Leite é quem tem mais hipóteses de vencer as legislativas entre os cinco candidatos: 52,5% dos inquiridos apontam o seu nome. Com uma diferença de 29 pontos percentuais está Santana Lopes. Passos Coelho, que tem sido apontado dentro do PSD como um candidato que mobiliza muitos apoios, fica-se pelos 7,8%. Recorde-se que o ex-líder da JSD nunca teve funções em governos. A sua candidatura não comenta esta sondagem.

Quanto ao melhor candidato para liderar o PSD, a antiga ministra leva vantagem, com 40,8%, contra 13,2% de Santana Lopes. Mais uma vez é uma escolha entre eleitores do PSD, com uma nuance: as sugestões de nomes são dos inquiridos. Neste quadro, não é de estranhar que surjam figuras fora da lista de candidaturas, como Alberto João Jardim, com 7,5%. Coelho só alcança 3%, e até o Presidente da República recebe um ponto percentual entre os eleitores do seu partido.

FICHA TÉCNICA DA SONDAGEM

OBJECTIVO: Candidato à presidência do PSD.

UNIVERSO: Indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel

AMOSTRA: Aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo); e representativa do universo e foi extraída de um subuniverso obtido de forma idêntica. A amostra teve 601 entrevistas efectivas, 332 a mulheres. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilíbrio amostral

TÉCNICA: Entrevista telefónica por CATI (Computer Assisted Telephonic Interview)

TRABALHO DE CAMPO: Decorreu entre os dias 5 e 9 de Maio de 2008

ERRO PROBALIBÍSTICO: Para o total de uma amostra aleatória simples com 601 entrevistas, o desvio-padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma 'margem de erro' - a 95% - de 4,00%)

TAXA DE RESPOSTA: 70,1%

RESPONSABILIDADE DO ESTUDO: Aximage Comunicação e Imagem Lda, sob a direcção técnica de Jorge de Sá e João Queiroz

Políticos distanciam-se dos jovens


Pedro Rodrigues, da Juventude Social-Democrata (JSD), acusou esta segunda-feira os políticos de se distanciarem da juventude e não o contrário, tal como afirmou o Presidente da República, Cavaco Silva, na mensagem transmitida durante as celebrações do 25 de Abril.


As declarações de Pedro Rodrigues surgem no dia em que decorre uma reunião entre o Presidente da República e 30 dirigentes de Associações de Juventude, cujo objectivo é debater a participação dos jovens na política e as razões que os motivam ou afastam de um maior envolvimento nas actividades cívicas.



Em causa está uma mensagem transmitida pelo chefe de Estado durante as comemorações da “Revolução dos Cravos”, na qual Cavaco Silva lamenta, com base num estudo encomendado por si, a pouca participação, o desconhecimento e o distanciamento dos jovens face à política.

Em resposta, a JSD defende que há actualmente um “grande desafio”, que consiste numa aproximação dos políticos dos jovens, “falando a sua linguagem, interpretando os seus novos problemas”, bem como “as questões que os preocupam”.



Por sua vez, o Presidente da Associação Académica da Universidade de Lisboa, Paulo Pinheiro, ressalva que “deveria haver temas ou disciplinas, na primário ou no ensino superior, em que se referisse a necessidade de intervenção cívica e a sua importância ao longo da história”.

in correio da manha

Sócrates só é multado por fumar… se o Governo deixar

A Autoridade Nacional de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) não vai levantar nenhum processo contra o primeiro-ministro, porque tem dúvidas sobre a interpretação da Lei do Tabaco.



A ASAE diz não saber se, efectivamente, a lei foi violada, remetendo para o autor da lei anti-tabaco, a Direcção-Geral de Saúde (DGS), «a interpretação da lei neste caso». Isso mesmo foi afirmado ao SOL pela ‘porta-voz’ da ASAE, uma das assessoras de imprensa do ministro da Economia, que tutela esta entidade e que também foi uma das pessoas que fumou no voo para Caracas.



Mas a DGS também não vai agir. O Director-Geral, Francisco George recusou responder à pergunta sobre se José Sócrates o seu ministro da Economia estariam sujeitos à aplicação de uma coima, por terem admitido ter fumado a bordo de um avião fretado à TAP.



«Não vou fazer quaisquer comentários», respondeu ao SOL. Com a mesma frase, devolveu a pergunta sobre a legalidade, em abstracto, de alguém fumar num voo fretado. «Se respondesse a essa pergunta estaria a dar resposta à primeira questão», justificou.



A DGS não quer de modo algum alimentar a polémica, apurou o SOL. Sendo o primeiro-ministro o responsável máximo da Administração Pública, isso seria uma desautorização. Caberá às autoridades policiais e administrativas levantar um auto de notícia.



O n.º 1. do art.º 28.º da Lei do Tabaco atribui à ASAE, sem prejuízo das «autoridades administrativas e policiais» a competência da «fiscalização». O n.º seguinte, é também cometida à ASAE a «instrução dos processos de contra-ordenação».



A mesma Lei do Tabaco não distingue entre voos comerciais ou fretados, no que toca à proibição de fumar.



Dispõe o n.º 2 do art.º 4.º: «É ainda proibido fumar nos veículos afectos aos transportes públicos urbanos, suburbanos e interurbanos de passageiros, bem como nos transportes rodoviários, ferroviários, aéreos, marítimos e fluviais, nos serviços expressos, turísticos e de aluguer, nos táxis, ambulâncias, veículos de transporte de doentes e teleféricos».



É esta a interpretação do constitucionalista Jorge Miranda: «É indiscutível que a norma não admite excepções e não há nenhuma forma de a contrariar», afirmou ao Público.

in sol

sábado, 17 de maio de 2008

Constitucionalistas dizem que José Sócrates violou Lei do Tabaco



Os constitucionalistas Jorge Miranda e Vital Moreira não têm dúvidas: o primeiro-ministro, José Sócrates, violou a Lei do Tabaco, ao fumar no avião fretado à TAP que o transportou de Lisboa para Caracas. Representantes de todos os partidos da oposição condenaram, também, a atitude de Sócrates.

Mas a situação não é inédita, pois nas viagens com o Presidente da República, Cavaco Silva, as pessoas que o acompanham também costumam fumar. A TAP considerou, contudo, todos estes casos "normais" em serviços especiais fretados.

Se lá estivesse, Jorge Miranda garante que "chamaria à atenção o primeiro-ministro por estar a dar um mau exemplo às pessoas e a violar a lei". Ainda assim, reiterou que "é indiscutível que a norma não admite excepções e não há nenhuma forma de a contrariar". O constitucionalista, que negou que os casinos fossem uma excepção à nova Lei do Tabaco, situação invocada pelo presidente da Autoridade de Segurança Económica e Alimentar (ASAE), António Nunes, quando foi fotografado a fumar a 1 de Janeiro no Casino Estoril, disse que "neste caso há ainda menos dúvidas". Esta opinião foi corroborada por Vital Moreira que, no seu blogue, escreveu que José Sócrates deu um "mau exemplo" e lembrou que "as normas valem para todos".

Contactada pelo PÚBLICO, a TAP considerou que pedir para fumar num voo fretado é tão "normal" como solicitar uma "refeição especial". De acordo com António Monteiro, porta-voz da transportadora, "o cliente que freta um avião pode ter regras diferentes das da companhia". Questionado sobre o filme de segurança passado no início da viagem, que explicava tratar-se um voo de não-fumadores, e sobre as várias luzes que alertavam para a proibição, o porta-voz explicou que "muitas vezes não há tempo para alterar as coisas que são padronizadas pelo que pode haver alguma desconformidade".

No que diz respeito ao alegado desconforto de alguns funcionários com a situação presenciada, António Monteiro diz não perceber este comportamento, já que "não é normal que os tripulantes façam reparos às regras do voo pedidas pelo cliente", para as quais estão previamente alertados.

Ao que parece a situação, apesar de muito contestada, não é inédita. Alguns jornalistas do PÚBLICO, que já viajaram com Cavaco Silva, confirmaram que nos voos da Presidência também se fuma. Contudo, "toda gente sabe que o Presidente da República não fuma", reagiu o assessor da Presidência Fernando Lima, que se escusou a dizer se essas pessoas estavam previamente autorizadas a fumar.

O presidente da Confederação Portuguesa para a Prevenção do Tabagismo, o médico Luís Rebelo, sublinhou que "isto é um escândalo para o país", ao tratar-se de "um incumprimento da lei, ainda por cima por pessoas que deviam dar o exemplo". Luís Rebelo não entende também a justificação da TAP, pois a pessoa que freta o avião "não viaja sozinha". E ironizou: se os governantes não conseguiam aguentar tanto tempo sem fumar, deviam usar substitutos de nicotina.


"Não pode haver casos especiais nos aviões porque qualquer excepção seria ilegal", sublinhou Paulo Brehm, da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, que acrescentou que "a questão nunca antes tinha sido colocada".

Atrás das cortinas

O facto de José Sócrates, o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, e vários membros do gabinete do chefe do Governo terem violado a proibição de fumar a bordo do avião, no voo fretado da TAP que chegou às cinco da manhã de ontem a Caracas (hora de Lisboa), foi criticado pela comitiva empresarial que os acompanhava na viagem e pelo pessoal de bordo.

Apesar de o filme de segurança do avião explicar que aquele era um voo de não-fumadores, depois do jantar, alguns membros do gabinete do primeiro-ministro dirigiram-se para a frente do avião com maços de tabaco na mão e referindo o facto de "já se poder fumar". O local escolhido foi a zona de serviço de pessoal de bordo, na parte da frente do avião que dividia a classe executiva - onde seguiam o primeiro-ministro, os ministros e os secretários de Estado - da classe económica. Uma cortina, junto à porta de emergência, escondia os fumadores dos restantes passageiros.

Mais tarde foi a vez de o próprio primeiro-ministro se esconder atrás da cortina e acender um cigarro. Voltaria lá mais uma vez, como o PÚBLICO pode ver, cerca de meia hora mais tarde. Porém, numa terceira vez, acabou por fumar sem se esconder, mesmo perante um aviso de obrigatoriedade de permanecer sentado e com o cinto apertado.

O supervisor do voo, João Raio, a segunda autoridade a bordo logo após o comandante, disse não ter dúvidas de que era proibido fumar a bordo e, embaraçado, falou em "situações de excepção".

Contactado pelo PÚBLICO, o director-geral da Saúde, Francisco George, recusou-se a tecer qualquer comentário à situação. Até ao fecho desta edição não foi possível contactar a ASAE.

Fumar a bordo
Segundo a Lei do Tabaco é proibido fumar em "trasnportes aéreos", os locais onde não há restrição devem estar "devidamente sinalizados" e ser "ventilados". Além disso, os trabalhadores só podem permanecer em locais de fumo 30 por cento do tempo total do dia de trabalho.

Na TAP, se algum passageiro for encontrado a fumar num voo comercial é "imediatamente convidado a abandonar o acto", garantiu António Monteiro.

Na Varig, num voo realizado em 2004 entre Portugal e Brasil, o actor Manuel Melo, conhecido como o "Girafa" da telenovela "Saber Amar", fumou na casa de banho do aparelho e, apesar das advertências, recusou-se a apagar o cigarro. A situação foi comunicada ao comandante do voo, que informou a Polícia Federal Brasileira sobre o sucedido. O resultado? O actor foi proibido de entrar no país e repatriado em pouco mais de uma hora.

Fumo do primeiro-ministro mal recebido pelos partidos
O fumo dos cigarros do primeiro-ministro José Sócrates e do ministro da Economia, Manuel Pinho, durante um voo para a Venezuela, animava ontem as conversas nos corredores do Parlamento e provocou reacções dos vários partidos.

Para o secretário-geral do PSD, Ribau Esteves, o facto de José Sócrates ter fumado a bordo "é mais um exemplo de que o primeiro-ministro tem para com um país um conjunto de regras, algumas de uma exigência absurda, como no caso da ASAE, que depois não aplica a si próprio". O social-democrata defende que o Governo não pode exigir aos portugueses aquilo que depois não cumpre: "Bem prega Frei Tomás, olha para o que ele diz, não olhes para o que ele faz", resume.

Os populares também vêem uma moral nesta história. "Quem é autoritário e moralista acaba por ser apanhado atrás da cortina", ironizava o deputado do PP Hélder Amaral, numa alusão ao facto de o primeiro-ministro ter usado como "zona de fumo" uma área de serviço de pessoal na frente do avião, onde uma cortina ocultava os fumadores dos restantes passageiros. "O Governo defendeu que esta nova lei devia ser aprovada para dar um sinal claro e implacável à sociedade. Mas pelos vistos anda em maré de azar: primeiro foi o presidente da ASAE num casino, agora o primeiro-ministro num avião", diz, anunciando que o partido quer ouvir explicações do chefe do Governo quando este regressar da visita de Estado.

O deputado lembra que a Lei do Tabaco - que entrou em vigor em Janeiro e proíbe o fumo, entre outros, nos transportes rodoviários, ferroviários, aéreos, marítimos e fluviais, nos serviços expressos, turísticos e de aluguer - destina-se a proteger os não fumadores e os trabalhadores, pelo que a utilização de uma zona de serviço para local de fumo é ainda mais irónica.

Para os comunistas é fundamental que seja feita uma clarificação jurídica sobre a aplicação da Lei do Tabaco nos voos fretados , mas o líder parlamentar, Bernardino Soares, quer salientar "um princípio incontornável": "A lei aplica-se a todos, incluindo os membros do Governo".

Também para o deputado do Bloco de Esquerda João Semedo, que desconhecia os detalhes da situação, esta é a grande questão a frisar: " A Lei do Tabaco, como qualquer outra lei da República, deve ser cumprida por todos", defendeu. "Por todos, sem excepção ou distinção."

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Por favor, não governem mais!



Alguém que eu muito amei e que aprendi a admirar ao longo da vida dizia que não há nada mais perigoso do que políticos sem ideias mas cheios de iniciativas. Cada vez mais me convenço de que é uma grande verdade, confirmada dia a dia pela observação da vida política portuguesa: não há nada mais assustador do que os decisores desatarem a tomar decisões que ninguém lhes pediu e cuja necessidade ninguém sente. Apenas porque acham que assim estão a mostrar serviço.

Alguém sente necessidade de um acordo ortográfico, de matar as consoantes mudas (excepto as que os brasileiros usam)? Alguém o reclamou, tirando os 'especialistas' da língua da Academia das Ciências que, de outro modo, não teriam maneira de justificar a sua importância e as viagens de estudo que fazem ao Brasil e aos PALOP? Quem, de entre os que fazem da língua portuguesa a sua ferramenta diária de trabalho - escritores, editores, professores, jornalistas - pediu a normalização ortográfica com o Brasil, Timor ou a Guiné-Bissau? Porque hão-de então os 'sábios' impor-nos a sua vontade e a sua "expertise" - a língua não é nossa?

E quem sentiu a necessidade urgente de mais auto-estradas a rasgar todo o interior já deserto, de um novo aeroporto para Lisboa, de um TGV de Lisboa para Madrid, outro do Porto para Vigo e de uma nova ponte sobre o Tejo para o servir? Quem foi que andou a gritar "gastem-me o dinheiro dos meus impostos a fazer auto-estradas, pontes, aeroportos e comboios de que não precisamos"? Porque razão, então, o lóbi das obras públicas, os engenheiros, projectistas, banqueiros e advogados que os assessoram, mais a ilusão keynesiana do primeiro-ministro, nos hão-de impingir o que não pedimos?

Fomos nós, porventura - ou os autarcas, os especuladores imobiliários e os empresários do turismo - que reclamámos a legislação de excepção dos Projectos PIN para dar cabo da costa alentejana e do que resta do Algarve? Foi nossa a decisão que a Comissão Europeia classificou como uma batota para contornar as normas de protecção ambiental e ordenamento do território?

Fomos nós que reclamámos a privatização da electricidade para depois a pagarmos muito mais cara ou que, inversamente, protegemos até ao limite o monopólio da PT nos telefones fixos, em troca de termos o pior e o mais caro serviço telefónico da Europa?

Fomos nós que nos revoltámos contra o queijo da Serra feito em mesas de mármore, a galinha de cabidela ou o medronho da Serra de Monchique? É em nome da nossa vontade e da nossa cultura que o "ayatollah" Nunes e a sua ASAE aterrorizam e enfurecem meio país?

Fomos nós que estabelecemos uma sociedade policial contra os fumadores, que quisemos encher Lisboa de radares para controlar velocidades impossíveis e ajudar a fazer da caça à multa o objectivo principal da prevenção rodoviária?

Fomos nós que concordámos em que os agricultores fossem pagos para não produzir, os pescadores para não pescar, as empresas para fazer cursos de formação fantasmas ou inúteis, alguns escritores para terem 'bolsas de criação literária' para escrever livros que ninguém lê, os privados para gerir hospitais públicos com o dobro dos custos?

Fomos nós que aceitámos pagar por caças para a Força Aérea que caem todos sem nunca entrar em combate, helicópteros que não voam por falta de sobressalentes, submarinos que não servem para nada, carros de combate que avariam ao atravessar uma poça de água?

Fomos nós que decretámos que o Euro-2004 era "um desígnio nacional" e, para tal, desatámos a construir estádios habitados por moscas, onde jogam clubes que vegetam na segunda divisão ou se aguentam na primeira sem pagar aos jogadores, ao fisco e à Segurança Social? E é a nossa vontade colectiva que anda a animar uns espíritos inspirados que já por aí andam a reclamar um Mundial de Futebol ou mesmo uns Jogos Olímpicos?

Ah, e a regionalização, essa eterna bandeira de almas ingénuas ou melífluas, que confundem descentralização com jardinização? Esse último disparate nacional que falta fazer e com o qual nos ameaçam ciclicamente com o argumento de que está na Constituição, embora nós já tenhamos respondido, clara e amplamente, que dispensamos a experiência, muito obrigado?

Será que não se pode acalmar um bocadinho os nossos esforçados governantes? Pedir-lhes que parem com os "projectos estruturantes", os "desígnios nacionais", os "surtos de desenvolvimento", os PIN, os aeroportos, pontes e auto-estradas, que deixem de se preocupar tanto com o que comemos, o que fumamos, o que fazemos em privado e o que temos de fazer em público? Eu hoje já só suspiro por um governo que me prometa ocupar-se do essencial e prescindir do grandioso: um governo que prometa apenas tentar que os hospitais públicos funcionem em condições dignas e que não haja filas de espera de meses ou anos para operações urgentes, que os professores e alunos vão à escola e uns ensinem e outros aprendam, que os tribunais estejam ao serviço das pessoas e da sua legítima esperança na justiça e não ao serviço dos magistrados ou dos advogados, que as estradas não tenham buracos nem a sinalização errada, que as cidades sejam habitáveis, que a burocracia estatal não sirva para nos fazer desesperar todos os dias. Um governo que me sossegue quanto ao essencial, que jure que não haverá leis de excepção nem invocados "interesses nacionais" que atentem contra o nosso património: a língua, a paisagem, os recursos naturais.

Mas não há dia que passe que não veja o eng.º Sócrates a inaugurar ou a lançar a primeira pedra de qualquer coisa. E encolho-me de terror perante esta saraivada de pedras, que ora ajuda a roubar mais frente de rio a Lisboa, ora entrega mais uma praia a um empreendimento turístico absolutamente necessário para o "desenvolvimento", ora lança mais uma obra pública inútil e faraónica destinada a aliviar-me ainda mais do meu dinheiro para o dar a quem não precisa. Vivo no terror dos sonhos, dos projectos, das iniciativas de governantes, autarcas e sábios de várias especialidades. Apetece dizer: "Parem lá um pouco, ao menos para pensar no que andam a fazer!"

Além de mais, já não percebo muito bem o que justifica tanto frenesim. Já temos tudo o que são vias de transporte concessionado para as próximas gerações: auto-estradas, pontes, portos, aeroportos (só falta o comboio, mas os privados não são parvos, vejam lá se eles querem ficar com o negócio prometidamente ruinoso do TGV!). Já temos tudo o que é essencial privatizado (só falta a água e palpita-me que não tarda aí mais esse 'imperativo nacional'). É verdade que ainda faltam alguns Parques Naturais, Redes Natura e REN por urbanizar, mas é por falta de clientes, não por falta de vontade de quem governa. Já faltou mais para chegarmos ao ponto em que os governos já não terão mais nada para distribuir. Talvez então se queiram ocupar dos hospitais, das escolas, dos tribunais. Valha-nos essa esperança.

in expresso.pt
Artigo de Opinião

segunda-feira, 12 de maio de 2008

«Alheamento da política» leva jovens a Belém




No dia 25 de Abril, o Presidente da República apresentou no Parlamento os resultados de um estudo que considerou preocupante sobre o «envolvimento as atitudes e comportamentos dos jovens em relação à política». Com os qualificativos a indicaram alheamento e baixa participação, ignorância e distância em relação às instituições democráticas, Cavaco Silva decidiu promover esta segunda feira um encontro debate com três dezenas de jovens para debater este problema.
«Depois de uma primeira apresentação do estudo na Assembleia da República, decidi também submeter este trabalho à discussão pública, para alertar a consciência, a interrogação dos cidadãos, em relação a uma matéria que a todos diz respeito», disse o chefe de Estado, no Palácio de Belém, lançado uma interrogação aos jovens sobre a juventude.

«A questão que se coloca, quando a mim, é esta: estamos ou não estamos satisfeitos com a participação, o envolvimento dos jovens portugueses na política local, nacional e internacional. Porque é que a política não suscita o interesse dos jovens?», indagou Cavaco Silva, tentando saber o que pode ser feito «para inverter a situação». «Foi por isso que vos convidei para estar hoje aqui».

Cavaco Silva frisou que a sua interrogação sobre o tema já não é nova. Mas se até agora se baseava apenas numa percepção empírica, o estudo que encomendou à Universidade Católica confere uma solidez «científica» às suas preocupações. «Entendi que não devia limitar-me a falar em suposições, com base nos contactos pessoais».

O chefe de Estado disse que se sentiu na obrigação de alertar a sociedade portuguesa para este problema, já que «a vitalidade das instituições democráticas depende do rejuvenescimento dos quadros políticos, da consciência cívica dos cidadãos»

«O alheamento da juventude em relação ao fenómeno político no que diz respeito ao futuro do nosso país é mais grave do que o alheamento das gerações mais velhas», apontou.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

QUERES TER UM EMAIL @JSD.PT ?



A JSD Nacional disponibiliza a todos os militantes contas de correio electrónico gratuitas. As caixas de correio vão ter numa primeira fase, 20 MB de capacidade e podem ser acedidas via webmail ou POP3 a partir de qualquer computador que esteja ligado à Internet.

Para obter uma conta de email gratuita, tens de enviar um email para web@jsd.pt Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar com os seguintes dados:
NOME:
Nº DE MILITANTE:
EMAIL PRETENDIDO:
ACTUAL CONTA DE EMAIL (SECUNDÁRIA):

Depois da adesão confirmada, iremos reencaminhar-te um email com os dados de acesso.

A adesão a este serviço pressupõe uma Conduta Geral:
Os utilizadores não podem usar os mesmos para transmitir, distribuir ou guardar conteúdos que:
(a) violem qualquer lei aplicável;
(b) infrinjam qualquer copyright, marca, segredo comercial ou outros direitos de propriedade intelectual ou a privacidade, publicidade ou outros direitos pessoais de outrem;
(c) sejam obscenos, ameaçadores, abusivos ou odiosos ou contenham vírus ou outros componentes prejudicais.

Os serviços técnicos da JSD Nacional, reservam-se ao direito de desactivar e/ou remover as contas de email gratuitas que permaneçam inactivas por um período superior a 60 dias.
O registo e utilização de uma conta de email gratuita implica, por parte do utilizador, aceitar a recepção ocasional de mensagens da JSD/PSD.

Esperamos contribuir para o alargamento da comunidade JSD Online.
Contamos ver-te por aqui :)

terça-feira, 6 de maio de 2008

Faculdade desenvolve projecto de e-books didácticos



A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) desenvolveu uma plataforma destinada a converter material didáctico em e-books para uso da comunidade da Faculdade, informaram fontes oficiais.
Alunos e professores podem aceder aos conteúdos inseridos na plataforma pelo corpo docente, através da Internet. A «Ferramenta de Prototipagem Rápida de E-books» permite, ainda, a actualização constante do conteúdo, pelo que os professores passam a ter a possibilidade de criar e-books à medida que as suas investigações produzam resultados passíveis de serem acrescentados.

O desenvolvimento desta ferramenta foi apresentado na conferência internacional IATUL 2006 ¿ Embedding Libraries in Learning and Research, tendo obtido o prémio de «Melhor Comunicação».

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Lista de Delegados ao Conselhos Distrital de Braga eleitos na Secção de Fafe



Efectivos:

1- Duarte Pascal Freitas Noval, militante nº 65038
2- Jorge Adélio Martins Pereira da Costa, militante nº 84099
3- Vanessa Cláudia Nogueira da Rosa Barata, militante nº 162391
4- Vítor Manuel Sampaio Teixeira, militante nº 134283
5- Pedro Tiago Mendes Teixeira, militante nº 104504
6- Ana Cláudia Fernandes Costa, militante nº 162388
7- Sara Catarina Guimarães Oliveira, militante nº 136095
8- Cecile Martins Soares, militante nº 166910
9- António Guilherme Freitas Marinho, militante nº 134234
10- Nuno Artur Soares Macedo, militante nº 030707934
11- Duarte Teixeira Rocha, militante nº 104477

Suplentes:

12- Fernando Miguel N.Mendes de Oliveira, militante nº 90073
13- Bruno Miguel Nogueira Alves, militante nº 140069
14- Fábio Miguel Lopes Pereira Fernandes, militante nº 140970
15- Júlio Miguel Castro Alves, militante nº 030707793
16- Regina Julieta Castro Pereira, militante nº 163573
17- Ana Paula Dias Henriques, militante nº 134272

sábado, 3 de maio de 2008

Oposição denuncia entraves à liderdade de imprensa




Os partidos da oposição apontam a monopolização dos meios de comunicação social e a fragilidade das relações laborais como principais entraves à liberdade de imprensa em Portugal, enquanto o Governo prefere salientar o avanço da legislação portuguesa, refere a Lusa.
«A concentração da propriedade da comunicação social no poder económico, as más condições de trabalho dos jornalistas e a fragilidade das relações laborais, que se traduzem no condicionamento da informação são alguns exemplos», destacou o deputado comunista Bruno Dias.

Sobre as limitações da liberdade de imprensa, o deputado do CDS disse que «estas podem acontecer quando o governo tenta condicionar um determinado grupo económico ou quando decide ou não lançar concursos para condicionar certos grupos de comunicação social». O deputado concluiu que «a denúncia de situações são a melhor forma de combater essas limitações».

Já o deputado José Moura Soeiro, do Bloco de Esquerda, declarou que «há sinais preocupantes em relação à liberdade de imprensa» e que «a informação não se pode gerir como um negócio, precisa de regras de controlo democrático».

«Fúria legislativa inibe liberdade de imprensa»

Para Agostinho Branquinho, do PSD, «a fúria legislativa tem inibido a liberdade de imprensa». «Este excesso de legislação leva a um grande controlo da informação por parte do Governo», afirmou o deputado social-democrata.

Agostinho Branquinho finalizou, dizendo que «para fazer face às pressões que existem, é preciso aprofundar mecanismos de auto-regulação, de deontologia e de ética e deviam ser as empresas de comunicação social a fazer esse aprofundamento».

Já o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, optou por dizer que «a Constituição da República Portuguesa determina a liberdade de expressão, informação e liberdade de imprensa, nos seus artigos 37.º e 38.º».

«Segundo esse conjunto de critérios constitucionais, não tenho dúvida que existe liberdade de imprensa e de informação em Portugal», afirmou Santos Silva, acrescentando que «várias organizações internacionais consideram Portugal um dos países na frente da liberdade de imprensa».