quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A pior precariedade é não ter emprego!


O desemprego atingiu um novo valor histórico em Portugal alcançando 619,4 mil pessoas, sendo 287 mil, (cerca de 46%) entre os 15 e os 34 anos!

Confrontado com este número verdadeiramente dramático, o Governo recusa a mostrar-se sensível para este flagelo que prejudica gravemente milhares de famílias e pessoas deixando-as sem esperança e sem saída para a situação em que se encontram.

De acordo com o INE, o desemprego passou dos 10,6%, entre Abril e Maio deste ano, para um valor que chega aos 10,9.

Se esta realidade já se mostra dramática para um grande número da população, verifica-se que o período entre Julho e Setembro deste ano foi ainda o pior para os jovens no mercado do trabalho desde que José Sócrates chegou a primeiro-ministro.

Do segundo para o terceiro trimestre de 2010, a população desempregada entre os 15 e os 24 anos passou de 20,3% para 23,4%, o maior aumento trimestral registado desde, pelo menos, o primeiro trimestre de 2005. Passando de percentagens para valores absolutos, há hoje 99 mil jovens sem emprego em Portugal, mais 12,2 mil do que os registados entre Abril e Maio deste ano.

Quer isto dizer, que só no último trimestre, mais de 12 mil jovens perderam o seu emprego.

Das medidas anunciadas pelo Governo, de entre as quais destacamos os 50 mil empregos para os jovens, que integravam as 50 medidas para estimular a Economia anunciadas em Dezembro passado, ou os Estágios, dos quais ainda nem sequer estão abertas as candidaturas, mas onde já se sabe que o rendimento previsto a atribuir a estes jovens passa de 2 vezes o IAS – Indexante de apoios sociais - para 1,65 este valor, ao qual acresce os descontos devidos para a Segurança Social, o Governo continua a iludir os Jovens portugueses, enquanto perpetua as suas expectativas e perpetua a situação de falta de apoio e acesso ao mercado de trabalho, que estes não só desejam como tem o direito querer.

Para a JSD, a falta de um trabalho estável, com um rendimento de acordo com a função a desempenhar e conhecimentos adquiridos, devem ser princípios afirmados e defendidos, de forma a que os jovens possam construir um projecto de vida que procure a felicidade, sendo estes valores intemporais e que devem ser constantemente afirmados.

Contudo, em tempo de crise, a pior precariedade é não ter trabalho!

Por isso, à imagem da actuação de José Sócrates, no lugar de fazer anúncios e declarações irresponsáveis, que mais não fazem do que trazer a ilusão, e em consequência a desilusão, a milhares de jovens portugueses, reconhece-se a necessidade de, excepcionalmente, procurar encontrar respostas que fomentem a entrada de jovens no mercado de trabalho, procurando harmonizar a procura com a oferta de emprego existente em tempos de crise.

Também o Deputado do PSD, Pedro Rodrigues, realizou hoje uma intervenção em plenário na Assembleia da República neste sentido, onde referiu: “A pior precariedade é não ter emprego, a pior precariedade é o drama, o desespero de milhares que jovens que diariamente têm de sair do Portugal para encontrarem soluções laborais porque o Governo retiraram esperanças e alternativas aos jovens portugueses”. “A pior precariedade são os milhares de jovens que estão a trabalhar com falsos recibos verdes, estimulados pelas políticas do Governo. Pior precariedade são os milhares de jovens que não podem sair de casa dos seus pais, não podem constituir família e não podem desenvolver os seus projectos de vida porque não têm emprego e não há solução laboral”.

O PSD apresenta-se assim como o único partido que, consciente da realidade presente no nosso País, fruto do exercício Governativo do Partido Socialista, procura encontrar soluções, que ainda que transitórias, possam ser geradoras de emprego, e minimizar a agonia latente na vida de milhares de jovens desempregados e sem um emprego.

Também Duarte Marques, Presidente da JSD: “Sabemos hoje que milhares de jovens vem as suas vidas adiadas, muitos deles há quase uma década, sem perspectivas de futuro, e sem soluções que possam minimizar o flagelo do desemprego em Portugal. Temos por isso que agir, e agir é criar emprego! Porque a pior precariedade é a falta de emprego, o PSD apresentou uma proposta legislativa, que embora tenha um prazo, cria maior confiança aos empregadores e permite assim que as empresas contratem mais jovens, e percebam a mais valia que esta força de trabalho pode conduzir à produção de riqueza e a produtividade tanto para as empresas, como para o País. Trata-se, no fundo, de criar um clima de harmonia e confiança nas empresas, que estimule a contratação, mesmo em tempos de crise.”

Conheça aqui a intervenção de Pedro Rodrigues no Parlamento.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

JSD lança site para receber denúncias de estudantes que abandonam o Ensino Superior por razões económicas


Durante o presente ano lectivo, milhares de estudantes carenciados deixaram já de estudar, e muitos outros estão em risco de abandonar o sistema de ensino superior.

Trata-se de estudantes carenciados a quem as oportunidades são negadas, não pela falta de mérito, mas apenas pela falta de meios financeiros para prosseguir os seus estudos.
O Estado, através dos Serviços de Acção Social, tem a obrigação de apoiar estes estudantes para que “nenhum estudante abandone os seus estudos por razões económicas”. Contudo, o CAOS está instalado na atribuição de bolsas de acção social a estudantes carenciados e o drama de muitos destes jovens não se pode mais esconder.
A situação que a JSD previu, e atempadamente alertou, constata-se hoje!
São milhares os Estudantes que ainda não receberam as suas bolsas. Os poucos a quem foi já comunicado o resultado da candidatura, viram as suas bolsas drasticamente reduzidas ou, em muitos casos, negado o acesso a este apoio.
A JSD e os Deputados PSD da Comissão de Educação da AR dirigiram um conjunto de questões ao Governo, evitando que este passe incólume na situação e esclarecendo o CAOS que se instalou na atribuição de Bolsas a Estudantes carenciados, tendo já reunido com as principais Associações Académicas e de Estudantes do Ensino Superior.
Contudo, o Governo continuar a faltar à verdade, afirmando que não há estudantes a abandonar os estudos por razões económicas. Ainda esta manhã, em audiência na Assembleia da República, o Ministro Mariano Gago voltou a afirmar que o novo regime de bolsas é muito eficaz e que nenhum estudante abandonará o ensino.
Para provar a falta de verdade na forma como são anunciados estes apoios por parte do Primeiro Ministro e do Ministro Mariano Gago, a JSD vai lançar uma plataforma digital denominada:
www.fiqueisembolsa.com
Pretendemos assim que, anónima ou públicamente, os estudantes que deixaram de estudar por razões económicas possam prestar o seu depoimento, desmontando as mentiras do Governo nesta matéria. A JSD e os Deputados da JSD não se resignam e não se conformam com a injustiça de tais medidas!
A JSD pretende ainda propor aos Deputados Jovens do PSD a apresentação de um Projecto de Resolução, que procurará diminuir os efeitos verdadeiramente prejudiciais da acção do Governo, que tem atirado para fora do sistema de ensino milhares de estudantes.
Para Duarte Marques, Presidente da JSD, “a Acção Social Escolar é uma ferramenta fundamental de apoio aos estudantes do Ensino Superior, que tem vindo a ser destruída por um Governo que se diz socialista. Não são apenas os 16 milhões de Euros para Acção Social Escolar que no ano passado o Primeiro-ministro anunciou em Sessão plenária da Assembleia da Republica e que nunca foram entregues aos Serviços de Acção Social; é também o facto de este Governo ser o carrasco do futuro de milhares de jovens e de estudantes, com a publicação de um decreto-lei, o 70/2010, e de novos regulamentos de bolsas que atiraram os estudantes para fora do sistema de ensino; mas só os mais carenciados!”
“O Governo quer doutores, mas só doutores com dinheiro!” afirma o líder da JSD.


http://www.fiqueisembolsa.com/