sábado, 19 de dezembro de 2009

Deputados da JSD reúnem com Presidentes das Associações Académicas

Para António Leitão Amaro “o ensino superior é fundamental para o desenvolvimento do país”. O deputado da JSD e Carina João reuniram com os presidentes das Associações Académicas do Porto, Coimbra e Minho e ouviram “o alerta das necessidades principais que têm os estudantes do ensino superior e o ensino superior em geral”.

O modelo de financiamento e especialmente o sistema da acção social foram alguns dos temas discutidos na reunião e levaram o social-democrata a afirmar que, em Portugal, “não podemos permitir que jovens fiquem de fora do ensino superior porque não tem condições financeiras para tal”. O balanço feito pelas diferentes associações foi extremamente positivo.

O Presidente da FAP salientou que “é precisamente isto que se espera dos diversos grupos parlamentares, que tenha a sensibilidade para receber as estruturas representativas dos diversos sectores”. O Presidente da AAC, Jorge Serrote, distinguiu a possibilidade de “discutir, de uma forma bastante aberta, as várias questões que actualmente não problema no ensino superior” como um dos factores positivos desta reunião. Por fim, o Presidente da AAUM deu conta do estudo realizado sobre a acção social e afirmou que o alargamento da acção social a mais estudantes é a melhor solução para garantir que nenhum estudante fique de fora do ensino superior.

A realização desta reunião foi solicitada pelos deputados social-democratas com o objectivo de averiguar quais os problemas do ensino superior e saber qual é, para as estruturas académicas, a melhor forma de os resolver

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Habituem-se!!


Parece que as eleições de dia 27 de Setembro não existiram. Anda aí um coro de ofendidos, a bradar para todo o lado. Ele é pedidos ao Presidente da República, ele é choradinho que não deixam governar, ele é ataques ferozes à oposição.

Mas, depois de 4 anos de Maioria Absoluta, será que o Partido Socialista não percebeu que agora as condições mudaram? Mas, agora podem vir os Vitorinos, os Lacões, os Lellos, os Almeidas Santos, podem vir todos. O que conta é a capacidade de governar um país fazendo acordos, fazendo cedências, na tentativa de encontrar pontos comuns com as restantes forças políticas. E acima de tudo, agora é necessário respeitar as restantes forças políticas, sem a altivez do cheque em branco do Parlamento.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Nota de Imprensa “Mobilidade temporariamente encerrada!”



A Juventude Social Democrata de Fafe vem, por este meio, expressar a sua incompreensão e até indignação no que concerne a um aviso colocado no elevador do Jardim do Calvário, espaço público mítico da nossa terra, conhecido de todos os munícipes e do qual todos já teremos usufruído ou continuamos a usufruir.
Este aviso determina que o elevador não se encontrará em funcionamento e estará encerrado até Março de 2010 por, alegadamente, haver pouca afluência ao espaço nos meses de Inverno.

A JSD Fafe considera que isto é inadmissível por vários motivos mas aquele que mais nos preocupa é mesmo o facto de o elevador ter sido construído por motivos que para além de estéticos (como miradouro para a cidade) prendem-se, sobretudo, com a mobilidade das pessoas com problemas de locomoção e deficientes motores que deveriam ter o mesmo direito que todos os cidadãos a usufruir de um espaço público como o Jardim do Calvário, não cabendo, portanto, à Câmara, julgar a afluência ao espaço nos meses de Inverno ou de Verão como determinantes para proporcionar uma maior ou menor mobilidade – conforme convir.

Além disso, sendo Fafe um concelho que possui um prémio da mobilidade concelhia é uma vergonha que a legitimidade desta esteja a ser posta em causa neste espaço – pois não existe outra maneira de aceder ao Jardim por parte de deficientes motores – simplesmente por haver pouca afluência, variável essa que, só por si, não deve nem pode ser motivo isolado para se excluírem utilizadores de um espaço público ao desactivar o único meio que estas pessoas teriam para usufruírem dele.

Sabemos que este elevador tem dado que falar nos últimos tempos devido a algumas avarias que têm existido mas certamente que não será, desta vez, o caso, portanto julgamos necessário que se proceda à activação do mesmo o quanto antes para que todos possam, livremente, no Inverno ou no Verão, aceder ao Jardim do Calvário – principalmente no que diz respeito a quem tem dificuldades de locomoção.

Resta-nos dizer que para quem queria (e citando) “fazer o melhor mandato de sempre”, José Ribeiro começa, efectivamente, mal.

Francisco Sá Carneiro: 29 anos após o seu desaparecimento, os seus ideais continuam vivos




"Cabe-nos cada vez mais dinamizar as pessoas para viverem a sua liberdade própria, para executarem o seu trabalho pessoal, para agirem concretamente na abolição das desigualdades. Para isso mais importante que a doutrinação, é levar as pessoas a pensarem, a criticarem, a discernirem"
Francisco Sá Carneiro

Um exemplo chamado: Francisco Sá Carneiro

Francisco Sá Carneiro conseguiu conciliar inúmeras características, todas elas raras num governante português. Sá Carneiro gostava do poder. Lutava por ele e nessa luta dava tudo o que tinha. Arriscava. Avançava e recuava. Baralhava os adversários e surpreendia os aliados. Tinha um projecto em mente, mas adaptava a estratégia de acordo com a maré do momento. Era um animal político excepcional. A juntar-se a esta inestimável qualidade, Sá Carneiro não queria o poder pelo poder, mas com o intuito de o usar para os fins que considerava dignos. Em 1980, esses eram um Portugal não socialista, europeu e pronto na sua aliança atlântica, naquela que era uma luta contra o comunismo soviético que à data ameaçava um Ocidente sem perspectivas de vitória. Sá Carneiro não era um liberal no sentido que o utilizamos hoje mas, ao não partilhar dos ideais socialistas, era contra sistema. Outra característica muito pouco portuguesa. Era contra, mas quis mudá-lo por dentro, de forma pacífica, sem revoluções, através de uma reforma digna desse nome, profunda e que limpasse o país de décadas de paternalismo. O então líder do PSD, que nunca receou enfrentar os barões do seu partido, julgava ser a altura de acreditar (julgo ser a essa a sua mensagem mais importante) nos portugueses. Nos homens e mulheres que todos os dias trabalham, pensam e sabem como preparar a sua vida melhor que ninguém, melhor que qualquer governo. Viver a política sem limites, ter uma perspectiva a longo prazo, adequando as mudanças possíveis às condições do presente, conseguir forçar as mudanças, dramatizando mas sem radicalizar a acção política. Eis algo que falta aos nossos políticos. Algo que não prezam os que hoje analisam e comentam a política. Num momento em que sentimos os momentos difíceis que atravessamos, em que adiamos a única solução possível, num país com um receio enorme em analisar o seu passado, o exemplo de Francisco Sá Carneiro é sempre de relembrar. A melhor forma de derrotar o imobilismo que de nós se apoderou. A mediocridade de quem todos os dias condescende dizendo que nada é fácil. Como fácil fosse o mesmo que simples.