sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA PSD


A Assembleia da República discutiu ontem o Orçamento Rectificativo
de 2009.
O PSD apresentou propostas de alteração na linha, de resto, do que
já tinha feito em Outubro, nomeadamente:
• Descida de 2% da Taxa Social Única suportada pelas entidades
patronais;
• Alteração do regime de pagamento do IVA;
• Pagamento das dívidas do Estado às empresas;
• Possibilidade da compensação de créditos;
• Extinção do Pagamento Especial por Conta;
• Alargamento excepcional do período de atribuição do subsídio
de desemprego.
Estas propostas foram ignoradas em Outubro e, no entanto, a
evolução da crise veio dar plena razão à justeza dessas propostas.
Se tivessem sido aceites, estaríamos hoje muito melhor.
A questão mais grave que hoje enfrentamos e que deve ser pano de
fundo para todas as medidas a tomar é a questão do desemprego.
Para isso, é preciso proteger as PME’s que são a maior fonte criadora
de emprego no nosso País.
Nesse sentido, todas as medidas que contribuam para ajudar a
ultrapassar as dificuldades que actualmente as afectam, fortalece-as
e contribuem para a manutenção do emprego.
Ora, a principal dificuldade das PME’s é a tesouraria, aliada ao facto
de estarem, em geral, muito endividadas.
É por isso que dizemos que esta questão não se resolve com a
abertura de linhas de crédito a que, ainda por cima, poucas têm
acesso e, só por isto, esta solução fica, na maioria dos casos, pelo
anúncio.
Se conseguissem obter esse crédito ficariam ainda mais endividadas,
o que prova o desajuste da medida.
É por termos a clara consciência disto e da urgência de a resolver que
o PSD propõe que o Estado altere o seu procedimento quanto aos
sistemáticos atrasos nos pagamentos às PME’s e que pague as suas
dívidas às empresas.
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O plano que o Governo anunciou para resolver esta questão não tem
passado disso mesmo, de um anúncio, recheado de burocracia, o que
faz com que o efeito prático não seja relevante.
É também para aliviar as dificuldades de tesouraria que propusemos
o pagamento do IVA no momento da emissão da factura. À
semelhança do que já existe em alguns Estados Membros da União
Europeia, propõe-se um regime especial, de carácter opcional, em
que o imposto é contabilizado com base nos pagamentos e
recebimentos efectivos.
Propomos ainda a possibilidade da compensação de créditos entre o
estado e as Empresas.
Com os mesmos objectivos das anteriores propostas, o PSD propõe a
eliminação do Pagamento Especial por Conta.
A defesa do emprego passa pela redução do custo do trabalho, pelo
que o PSD propõe a descida em 2% da Taxa Social Única suportada
pelas entidades patronais.
Para reduzir o peso da previsível dificuldade de recuperação do
emprego, propomos um alargamento excepcional do período de
atribuição do subsídio de desemprego.
Estas propostas agora apresentadas que, insiste-se, já foram
apresentadas em Outubro são hoje ainda mais prementes.
Elas consubstanciam uma forma oposta à do Governo de encarar a
crise. É que o PSD tem em conta a realidade económica actual,
enquanto o Governo só se ocupa com a intervenção do Estado.
Isto é patente quando o Governo insiste na defesa dos mega
projectos, apesar do insuportável nível de endividamento externo,
que se verifica hoje em Portugal.
Na actual situação económica, qualquer investimento público em que
a componente importada seja significativa, só agrava o
endividamento e não contribui para o crescimento económico.
É o caso paradigmático do TGV.
O Governo, com as suas propostas de despesa pública, reforça a
intervenção do Estado, retirando deste modo poder aos cidadãos e às
empresas.
E essa intervenção, como não pode ser generalizada, não é para
todos, é só para alguns.
Discrimina empresas.
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A proposta do PSD, de combate à crise, pelo contrário, é transversal
e justa porque beneficia todas as empresas e não as deixa
dependentes do arbítrio do Estado.
É que cabe às empresas decidir como devem orientar os recursos
acrescidos que lhes são postos à disposição.
É a diferença entre ser o Estado a orientar as empresas como faz o
Governo ou deixar que as empresas se orientem por si como
propomos.
O PSD espera que a maioria socialista aprove estas propostas porque
não há tempo a perder e a realidade é clara para todos.
O PSD reafirma a sua convicção de que se as suas propostas, forem
aceites, os Portugueses ficarão numa melhor situação e o
desemprego não aumentará.
A situação actual não é uma fatalidade; há outras soluções e outros
resultados.
Os Portugueses, tal como já aconteceu há uns meses quando
denunciámos a nossa situação económica, nomeadamente o nosso
nível de endividamento, vão dar-nos razão, e mais uma vez sentirão
que lhes falámos verdade.
Lisboa, 30 de Janeiro de 2009

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Programa de VOLUNTÁRIADO E ESTÁGIOS POLÍTICOS




A Juventude Social Democrata pretende abrir-se cada vez mais à participação e intervenção política dos jovens portugueses, sejam ou não militantes ou simpatizantes do Partido Social Democrata. Acreditamos que a democracia e as nossas propostas serão muito melhores se contarem com a contribuição de mais e mais jovens interessados!
Achamos que é tempo de a Política e as políticas serem feitas por todos, serem finalmente a voz dos jovens portugueses! É tempo de a Política ser tua, e feita por ti!
Para estimular esse gosto pela participação na Política, a JSD quer dar a oportunidade a um grupo de jovens portugueses de se envolverem no processo de produção política de uma das maiores organizações partidárias portuguesas.
Os Voluntários e Estagiários escolhidos neste Programa terão a oportunidade de estar no coração da actividade política portuguesa, de contactar e conhecer vários dos principais dirigentes políticos, económicos e sociais de Portugal, de analisar e discutir os principais assuntos do País, de fazer propostas e denunciar casos que serão ouvidos nacionalmente.
Se decidires participar e fores escolhido terás uma oportunidade real de fazeres a Política portuguesa.

SABE MAIS EM:
http://www.jsd.pt/voluntariado

domingo, 25 de janeiro de 2009

Manuela Ferreira Leite encontra-se com jovens do distrito de Braga


A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, disse, hoje, em Vila Verde, Braga, que o país "está pior, em todos os indicadores", do que quando o actual Governo do PS tomou posse.

"Se pensarmos como estávamos quando este Governo tomou posse, concluímos que estamos, agora, pior em todos os indicadores, não melhorámos em nenhum, e mesmo o défice orçamental, até esse, coitado, já se esfumou e por muito tempo", afirmou.

A dirigente social-democrata falava durante um almoço de militantes da JSD em Vila Verde e que se insere numa visita ao distrito de Braga, que culmina, esta noite, com um comício em Famalicão.

No almoço, além de 300 militantes da JSD, participou o presidente da Distrital de Braga do partido, Virgílio Costa e o presidente da Câmara local

Manuela Ferreira Leite disse que "não ganhámos nada com este governo socialista, só perdemos", mas frisou que "não se pode considerar a situação como uma fatalidade para o país".

"Não é verdade que não haja outro caminho", acentuou, frisando que, se é verdade que o país está a empobrecer, e se está a endividar isso não quer dizer que tal seja uma fatalidade".

"A situação é resultado de políticas erradas", declarou, garantindo que "há outros caminhos e são esses caminhos que o PSD tem de propor aos portugueses".

Para a líder do PSD, Portugal não pode continuar com um Governo como o do engenheiro José Sócrates que diz que temos de continuar assim, ou seja, se estamos pior não podemos mantermo-nos com a mesma política".

Manuela Ferreira Leite disse que há outro ponto em que o PSD se distingue do PS, o da confiança: "a crise que assola o país e o mundo é, de uma forma geral, uma crise confiança, e esta não se recupera enganando os portugueses", referiu.

Considerou que, por isso, "o lema do PSD é o de falar verdade para recuperar a confiança dos portugueses", e - sublinhou - "falar verdade não significa estar permanentemente a apontar aquilo que é mau".

LM.

Lusa/fim

sábado, 24 de janeiro de 2009

JSD desmente Laurentino Dias e acusa JS de ser "mero porta-voz do Governo"

A JSD lamenta que a Juventude Socialista continue a ser o porta-voz do Governo em vez de ser o porta-voz da Juventude Portuguesa..

O Governo esqueceu-se da juventude ignorando os reais problemas que os jovens enfrentam. O Governo Sócrates está esgotado não encontrando resposta para o crescente aumento do desemprego, falta de políticas de habitação, de educação e de apoio ao voluntariado e associativismo juvenil.

A juventude socialista em vez de se preocupar em defender os jovens portuguese e de encontrar soluções para os problemas enfrentados pelas novas gerações, está mais preocupado a defender um governo que não defende a juventude portuguesa

Ao contrário da JS, a JSD está comprometida com o futuro de Portugal e das novas gerações e continuar-se-á a bater intransigentemente por políticas que devolvam a esperança aos jovens portugueses.

Lamentamos ainda que SEDJ continua tentar iludir os jovens portugueses. O certo é que os Deputados da Comissão de Educação e Ciência, foram informados pela SJJD que "por motivos imprevistos" não poderia estar presente na reunião, sendo certo que esteve presente numa cervejeira, escondendo-se, pelos vistos, atrás de uma garrafa de cerveja.

Ficam assim bem patentes as prioridades do Governo de José Sócrates.

Registamos o curioso facto de termos um SEJD que não dá resposta aos problemas dos jovens, que não apresenta políticas, não fala para e com a juventude, que não existe como Secretário de Estado da Juventude, seja bastante mais rápido a reagir às criticas denotando tiques muito autoritários característicos deste Governo.

Hoje Portugal não pode contar mais com este governo, está esgotado pois não tem soluções nem ideias para os problemas da juventude portuguesa.

Pedro Rodrigues
Presidente da JSD

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

JSD apresenta - NOVA GAMA DE CERVEJAS ROSA


O Secretário de Estado da Juventude e Desporto faltou ontem à reunião com a Comissão de Educação e Ciência da AR.

Motivo invocado: uma reunião com uma conhecida empresa no sector da cerveja.

Gostariamos de contar com a tua presença no lançamento da nova gama de Cervejas Rosa – a cerveja do Governo Socialista, que decorrerá esta tarde à porta da Assembleia da República, pelas 14,30h.

Mais uma vez o SEJD furtou-se a dar resposta aos problemas que a juventude portuguesa enfrenta, escondendo-se, desta vez atrás de uma garrafa de cerveja. Talvez assim ele se lembre que além de secretário de estado do desporto é o responsável pela juventude.



As cervejas a apresentar serão:


a. Cerveja Rosa Zero.

Zero apoios às Associações Juvenis e ao voluntariado.

Onde anda o IPJ?


b. Cerveja Rosa Boémia

Políticas de emprego e Empreendedorismo Jovem? Só se for para rir…!

Onde estão os 150.000 empregos prometidos pelo Eng. Sócrates?

c. Cerveja Rosa Light.

Soluções para a Habitação Jovem deste Governo são tão ligth que nada resolvem e tudo agravam.

Porta 65 fechou a porta do mercado de arrendamento a mais de 20.000 jovens.


d. Cerveja Rosa Clássica.

Casamento entre pessoas do mesmo sexo?

Em momento de crise nada melhor que inverter as prioridades.

Novidade? Com Sócrates estamos já habituados!



Para mais informações 91 0305403 (Jorge Garcez – Secretário-Geral Adjunto da JSD) ou António Leitão Amaro 919659362

domingo, 18 de janeiro de 2009

Manuela Ferreira Leite: “Sendo Governo riscarei imediatamente o TGV”


A Presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, voltou hoje a criticar os grandes investimentos públicos do Governo de José Sócrates por aumentarem a dívida do país, o que considera especialmente grave no actual contexto de crise financeira. “Sendo Governo riscarei imediatamente o TGV”, assegurou a social-democrata, em entrevista à RTP, acrescentando que o projecto “tem custos presentes e futuros que não são compatíveis com o nosso nível de endividamento”.

Sobre a candidatura de Pedro Santana Lopes à Câmara de Lisboa, a líder do partido reiterou que o ex-dirigente do partido “é o melhor candidato do PSD”. Ainda que admita “divergências políticas” com o deputado, assegurou que ficaram resolvidas nas directas do partido e no congresso, onde Santana Lopes saiu derrotado. Ferreira Leite considerou, ainda, um “acto louvável” que o ex-primeiro-ministro se tenha disponibilizado para ser candidato a uma autarquia e lembrou a grande implicação da decisão: a candidatura a uma câmara é incompatível com a candidatura ao lugar de deputado.

Questionada sobre se a oposição interna do ex-candidato à liderança do partido Pedro Passos Coelho a incomoda respondeu: “Nunca me pode incomodar a actuação de militantes que ajudem a projectar o partido, a mobilizar o partido e a fazer propostas”. A social-democrata garantiu que não são as opiniões divergentes que definem a “unidade do partido” e fez ainda uma alusão aos problemas dos socialistas: “Não temos ninguém a querer formar uma facção para constituir outro partido como está a acontecer no Partido Socialistas” – em referência à participação de Manuel Alegre no Fórum das Esquerdas e das suas aproximações aos Bloco de Esquerda e que mesmo assim não culminaram na demissão do secretário-geral do PS.Calendário eleitoral

Sobre o calendário eleitoral do próximo ano, a presidente do PSD deixou bem claro que não defende legislativas antecipadas e criticou a posição do primeiro-ministro que “tanto quer maioria absoluta como eleições antecipadas”, não se percebendo se quer “estabilidade ou instabilidade” para o país. Ferreira Leite assegurou, contudo, que o seu partido está preparado para qualquer cenário – como as legislativas e as autárquicas em simultâneo.

A dirigente social-democrata voltou a falar na rejeição ao desafio para um debate público sobre o estado da economia que fez a José Sócrates. “A minha suspeita é que não está seguro em relação às propostas que está a fazer”, disse. A responsável acusou ainda o chefe de Governo de ter “absoluta consciência de que está a enganar o país”.

A propósito da situação da economia nacional voltou a insistir numa baixa de impostos e lembrou que “é nas pequenas e médias empresas que está o emprego”. Para as ajudar sugeriu a redução da Taxa Social Única, como forma de reduzir os custos do trabalho e conservar o emprego. A responsável teceu também duras críticas às linhas de crédito criadas pelo Estado e só contribuem para o endividamento e apelou a que sejam antes pagas as dívidas às mesmas.

“A última coisa que eu faria é o que o Governo está a fazer”, assegurou, acusando José Sócrates de insistir nas suas medidas “em parte por uma questão de teimosia” e, “por outro lado, pela ideia de que controla tudo aquilo que é ajuda”. Para Manuela Ferreira Leite os grandes investimentos como o novo aeroporto o TGV são um erro: “Eu sempre disse que qualquer fórmula orçamental não pode ser para aumentar a despesa, pois assim nos anos mais próximos não é possível baixar impostos”.

Contudo, sobre aquilo que deve ser feito em termos de IRS a dirigente não deu nenhuma resposta concreta: Ferreira Leite admitiu que ainda não fez as contas para as diferentes possibilidades de mudanças nos escalões mas alertou que “devem ser feitos cálculos sérios e ponderados” antes de se tomar uma decisão. “Não quero propôs algo que não possa ser exequível [em termos orçamentais]”, afirmou.

Taxa de desemprego será a maior dos últimos 23 anos

Mercado de trabalho. A taxa de desemprego pode já estar acima de 8%. Com as mais recentes previsões, o Governo assumiu para este ano o pior cenário desde 1986. Os economistas avisam que parte do desemprego veio para ficar. 2010 não será ainda o ano da recuperação do mercado de trabalho A taxa de desemprego deve já ter superado os 8% e vai atingir o valor anual mais alto dos últimos 23 anos. Este cenário, implícito nas últimas previsões macroeconómicas do Governo, pode ainda agravar-se: os economistas avisam que 2010 não será o ano da recuperação do mercado de trabalho.

Ao assumir uma taxa de desemprego de 8,5% para 2009 - previsão idêntica, aliás, à da OCDE -, o Governo reconhece que o mercado de trabalho vai enfrentar uma das situações mais preocupantes das últimas décadas. A taxa prevista corresponde ao valor mais alto dos últimos 23 anos, segundo dados da Comissão Europeia, baseados nas definições do Eurostat. Associada a este cenário está a projecção de uma quebra de 0,7% no número de empregados, o que se traduz na perda de pelo menos 36 mil postos de trabalho.

O Partido Socialista justificou esta semana a decisão de não alargar a duração do subsídio de desemprego argumentando que os números ainda não evidenciam uma degradação pronunciada do mercado. O cenário do Governo sugere, contudo, que o desemprego deverá já ter superado o valor historicamente elevado de 8%: para que 2008 tenha chegado ao fim com uma taxa anual de desemprego de 7,7% (tal como o Executivo agora prevê, depois de uma ligeira revisão em alta) o último trimestre do ano terá que ter registado uma subida do indicador para valores que podem oscilar entre os 8% e os 8,3%. O que decorre do facto do nível de desemprego ter sido mais baixo nos primeiros três trimestres (7,6, 7,3 e 7,7%), segundo os dados oficiais já divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística. A corrida aos centros de emprego sugere, aliás, uma maior instabilidade no mercado de trabalho desde o final de 2008.

Mais emprego em 2010?

Os economistas consultados pelo DN saúdam o reconhecimento da gravidade da situação, mas denunciam um persistente optimismo quanto à duração dos problemas que a crise vai criar. Apesar da aproximação do cenário do Governo ao das principais instituições internacionais, este ponto - fundamental no desenho de políticas sociais - é ainda de divergência. O Executivo espera uma redução do desemprego já em 2010, para 8,2%, contrariamente ao que defende a Comissão Europeia (que aposta na manutenção do nível de desemprego) e a OCDE (que prevê uma subida para 8,9%).

"O próximo ano não será melhor", declara Pedro Adão e Silva, sociólogo que estudou o mercado de trabalho português. O especialista, que é membro do grupo responsável pela redacção da moção de Sócrates, refere o habitual desfasamento entre o crescimento da economia e a evolução do mercado de trabalho. "Mesmo que a recuperação na Europa comece em 2010, só chegará a Portugal muito mais tarde". Posições idênticas são manifestadas por Bagão Félix e Mira Amaral.

A forte concorrência da Ásia, a quebra nas exportações, o desajustamento entre a formação oferecida e as necessidades da economia podem dificultar o regresso dos desempregados ao mercado de trabalho. Ainda que as estatísticas não o denunciem. "Em recessão as pessoas têm noção que é difícil encontrar trabalho e auto-excluem-se", passando a ser considerados inactivos, lembra Nádia Simões, investigadora do ISCTE.|

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Assembleia da República aprova texto final da Lei dos Conselhos Municipais da Juventude

Foi aprovado no passado dia 9 de Janeiro, na Assembleia da República, o texto final da Lei que irá regulamentar a criação e funcionamento dos Conselhos Municipais da Juventude.

Esta Lei entrará em vigor no dia 1 de Fevereiro, tendo os Municipios 6 meses para adaptar ou criar os referidos Conselhos.

Este é o culminar de um longo processo de mais de um ano de discussão da Proposta de Lei.

O texto final resulta do trabalho dedicado do deputado da JSD, André Almeida, que fez parte do grupo de trabalho em representação do grupo parlamentar do PSD.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

2009 e a escola portuguesa-por Pedro Duarte, antigo pesidente da JSD


Neste novo ano, o país deveria assumir como
prioridade o combate sem tréguas à indisciplina
e a promoção de uma cultura de exigência
nas nossas escolas.
No nosso sistema de ensino, são estes os
problemas credores de uma resposta imediata.
Não se ignoram as deformações estruturais do “sistema”:
o centralismo burocrático castrador de diversidade
e inovação, os programas e currículos desfasados ou a
insustentável taxa de abandono escolar. Do que aqui se
pretende tratar hoje é, porém, do curto prazo. Da “crise”,
do impasse, da angústia que se vive nas nossas escolas.
Se quisermos encontrar atenuantes para o aumento
do número de casos de desrespeito, indisciplina e até
violência, não nos faltarão munições. Ele é o contexto
familiar, as dificuldades de integração, a exclusão social
ou até a influência dos videojogos. Contudo, a crescente
pressão do lado das “causas externas à escola” só deve
ampliar a responsabilidade daqueles de quem se espera
que defendam, sem tibiezas, que a escola é um espaço
de formação cívica e não um recreio para delinquentes.
Exige-se uma atitude diferente, de intransigência, de pais
e professores. Mas, em primeira instância, impõe-se uma
inversão da complacência que tem caracterizado o ministério.
A desvalorização permanente dos casos mais
mediáticos é um factor reprodutor de indisciplina nas
salas de aula.
O país tem assistido à imposição ideológica de uma
cultura de facilitismo. A coberto da “escola inclusiva”,
despreza-se o esforço, desincentiva-se o mérito e alarga-
se a distância entre os que podem recorrer a outras
fontes (familiares e privadas) e os que têm de se resignar
à decrepitude do ensino estatal. Este Governo tem horror
a exames, fomenta os “diplomas” a granel e rejeita
reprovações de “potenciais excluídos”, isto é, de quem
pouco ou nada sabe. Esta política pode criar rosadas ilusões,
mas conduz o país para uma mediocridade que as
novas gerações pagarão a um preço elevado. Portugal
precisa do oposto: de uma aposta na exigência, trabalho,
mérito, conhecimento, nas competências e na qualidade
de ensino. Não há outra via para o sucesso.
É por isso que é incompreensível a obsessão governativa
na imposição de um modelo de avaliação de professores
que só tem causado instabilidade, desmotivação e
perda de autoridade dos professores.
O Governo tem exibido uma confrangedora impotência
para ultrapassar o impasse em que se atolou. É hora de
acabar com esta teimosa e insuportável guerrilha e de
encontrar uma solução equilibrada que garanta que os
professores passarão a ser avaliados, com um modelo
justo e fazível. Só falta vontade política.
Enquanto não há arte e engenho para dar este simples
passo, o ambiente nas escolas degrada-se e o Governo vai
perdendo força e energia para se concentrar nas questões
verdadeiramente relevantes e complexas do nosso modelo
de ensino. Um novo ano pode ser um bom pretexto
para uma nova atitude.

Pedro Duarte- Deputado do PSD

Ferreira Leite quer que Sócrates esclareça como escolhe empresas que ajuda

Para a líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite, é fundamental que o primeiro-ministro esclareça quais os critérios que estão na base da escolha das empresas que ajuda e se as medidas se vão prolongar depois das legislativas. Segundo a presidente do PSD, José Sócrates está a tomar opções de forma “discricionária”, quando em democracia as ajudas deveriam funcionar de forma clara e “igual para todos”.

As palavras da dirigente surgem no mesmo dia em que o “Correio da Manhã” noticia que a crise económica, nos últimos quatro meses, já levou cerca de 20 mil empresas à falência em Portugal, deixando 100 mil trabalhadores no desemprego. Os dados são da Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas, que responsabiliza o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, pela situação - especialmente grave no sector têxtil.

Em declarações à TVI, Ferreira Leite reiterou o desafio para um debate público sobre o estado da economia com José Sócrates e mostrou-se admirada com a recusa: “Revela uma falta de confiança muito grande”, disse. De acordo com a social-democrata, “os portugueses têm o direito de ser esclarecidos sobre as questões que os preocupam e só de uma discussão pública pode sair esse esclarecimento”. Por isso, afirma que é importante que fique claro se as empresas ajudadas são as que chegam primeiro ou se o factor simpatia também é determinante.

A líder do maior partido da oposição esclareceu também que só fala quando é “absolutamente essencial e há algo de novo para dizer” – o que mostra a importância que atribui a um frente-a-frente com o chefe de Governo. “É o momento oportuno para que os portugueses sejam esclarecidos”, insistiu. Para a dirigente é ainda mais incompreensível a recusa do primeiro-ministro quando este se diz “dono e autor de todas as medidas, considerando que não existem outras, que aquelas é que são as boas”.

Redução de impostos

Sobre os impostos, voltou a defender que o esforço não deve continuar do lado dos contribuintes e mostrou-se a favor de uma baixa num momento em o Executivo assegura que as contas estão estabilizadas. Ferreira Leite sublinha que a redução deve ser feita do lado da despesa e recusa todas linhas de crédito criadas por considerar que no futuro vão agravar o endividamento. Ao invés, preferia que esse dinheiro fosse usado para pagar as dívidas às empresas.

Na quarta-feira a Presidente do PSD tinha-se mostrado disponível para um debate público com o primeiro-ministro com o objectivo de discutir a crise económica e encontrar as melhores soluções para a superar. O desafio surgiu na sequência das previsões anunciadas esta semana pelo Banco de Portugal, que antecipou uma recessão técnica na segunda metade de 2008 e de 0,8 por cento para este ano.

No entanto, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, prontamente recusou o frente-a-frente com a social-democrata, alegando que José Sócrates já tem debates quinzenais no Parlamento e que o PS não é responsável por a social-democrata não ser deputada. Ainda assim, garantiu que em momentos eleitorais poderão ser criados outros espaços de debate.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Cavaco Silva diz que 2009 será um ano difícil e lembra que ilusões pagam-se caras



O Presidente Cavaco Silva admitiu hoje que 2009 "vai ser um ano muito difícil" e avisou o Governo que "a verdade é essencial", considerando que "as ilusões pagam-se caras".

Na sua mensagem de Ano Novo, a terceira desde que foi eleito, Cavaco Silva afirmou não poder esconder a "verdade da situação difícil em que o país se encontra" e que o caminho para "Portugal sair da quase estagnação económica" é "estreito, mas existe".

E explica qual é: "O reforço da capacidade competitiva das nossas empresas a nível internacional e o investimento nos sectores vocacionados para a exportação têm de ser uma prioridade estratégica da política nacional".

Sem isso, afirmou, "é pura ilusão imaginar que haverá verdadeiro progresso económico e social, criação duradoura de emprego e melhoria do poder de compra dos salários".

Sem isso, concluiu, o país não conseguirá "pôr fim ao crescimento explosivo da dívida externa".

"As ilusões pagam-se caras", avisou.

O antigo primeiro-ministro faz outros alertas como a necessidade de "reduzir a ineficiência e a dependência do exterior em matéria de energia" ou de "rigor e eficiência" na utilização dos dinheiros públicos têm de ser utilizados com rigor e eficiência".

Além "de alterar a estrutura da produção nacional", para lhe dar "mais qualidade, inovação e conteúdo tecnológico", o Presidente insiste que os "dinheiros públicos têm de ser utilizados com rigor e eficiência" e faz um alerta quanto os investimentos públicos, em que o Governo aposta no seu plano anti-crise.

"Há que prestar uma atenção acrescida à relação custo-benefício dos serviços e investimentos públicos", acrescentou.

Na sua mensagem, Cavaco Silva confessou não dever esconder que 2009 "vai ser um ano muito difícil", afirma recear o "agravamento do desemprego e o aumento do risco de pobreza e exclusão social" e admitiu que "a crise financeira internacional apanhou a economia portuguesa com algumas vulnerabilidades sérias".

"A verdade é essencial para a existência de um clima de confiança entre os cidadãos e os governantes. É sabendo a verdade, e não com ilusões, que os portugueses podem ser mobilizados para enfrentar as exigências que o futuro lhes coloca", afirmou.

Numa mensagem muito centrada nos problemas da crise, Cavaco Silva afirmou que as forças políticas tem "especiais responsabilidades" e fez um apelo para que se evitem "divisões inúteis".

E lembrou que "os portugueses gostariam de perceber que a agenda da classe política está, de facto, centrada no combate à crise".

"As dificuldades que o país enfrenta exigem que os agentes políticos deixem de lado as querelas que em nada contribuem para melhorar a vida dos que perderam o emprego, dos que não conseguem suportar os encargos da prestação das suas casas ou da educação do seus filhos, daqueles que são obrigados a pedir ajuda para as necessidades básicas da família", disse.

Na mensagem, o Presidente nunca aborda directamente as contas nacionais nem o Orçamento do Estado de 2009, mas deixa uma advertência quanto ao risco de o país continuar a endividar-se e dá um conselho.

"Há uma verdade que deve ser dita: Portugal gasta em cada ano muito mais do que aquilo que produz. Não pode continuar, durante muito mais tempo, a endividar-se no estrangeiro ao ritmo dos últimos anos", afirmou.

O Presidente termina a mensagem com uma palavra de esperança e com um apelo a que os portugueses não se resignem.

"Já passámos por outras situações bem difíceis. Não nos resignámos e fomos capazes de vencer. O mesmo vai acontecer agora. Tenho esperança e digo-o com sinceridade", concluiu, afirmando que "o futuro é mais do que o ano que temos pela frente".