sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Visão do Presidente da JSD


As juventudes partidárias assumem um papel determinante na vida política portuguesa. Não só porque servem como espaço de formação política de jovens quadros, mas fundamentalmente porque se assumem como organizações de defesa dos interesses e dos anseios da juventude portuguesa.

Numa época em que por força da inversão da pirâmide etária os partidos políticos sobrevalorizam os interesses de outras gerações face às dos mais jovens, as juventudes partidárias assumem uma importância cada vez mais crescente.

Por esse facto, as organizações partidárias de juventude tem cada vez mais de se assumir como estruturas autónomas, nas quais e para as quais, as prioridades sejam as dos seus representados, antes das dos directórios partidários, sob pena de perderem a sua razão de existência.

Nesse sentido, as juventudes partidárias não podem cair na fácil tentação de serem estruturas similares às dos partidos-mãe. Tem de ser capazes de centrar as suas posturas, as suas prioridades a sua linguagem naquelas que são as da juventude que representam.

De nada é útil uma juventude partidária que seja uma caixa de ressonância do partido mãe. De nada serve à juventude portuguesa uma juventude partidária que se comporte, nos meios de comunicação, na linguagem e nos métodos de intervenção aos partidos tradicionais.

O que a juventude reclama são organizações de juventude partidária que sejam ágeis, funcionem em rede e não com base em estruturas piramidais de comando, que utilizem os novos meios de comunicação e que centrem a sua actuação nas prioridades, anseios e ambições da juventude portuguesa.

O que os jovens reclamam são estruturas partidárias de juventude que mais preocupadas com os cartões de militante, queiram saber o que os jovens sentem e pensam sobre a construção do nosso futuro colectivo. Que proporcionem aos jovens uma oportunidade de participação livre e descomprometida sobre as grandes questões que nos preocupam como geração.

Que permitam discutir questões como o primeiro emprego, o desemprego jovem, habitação jovem e a educação, mas também que apresentem propostas concretas sobre cada uma dessas questões.

Eu acredito profundamente que os políticos e os partidos políticos se tem progressivamente afastado dos jovens. Da sua linguagem, das suas prioridades, da sua forma de estar. E por isso, não acredito que a politica se faça apenas nos clássicos fóruns.

Politica é feita por todos e por cada um de nós. Seja na Assembleia da República. Seja nos partidos políticos. Mas seja também nos blogs, nas paginas pessoais na net ou nas universidades.

Hoje a todos é acessível participar, fazer e influenciar opinião. E isso é também fazer politica. A participação politica não se esgota na participação partidária, (tal como este blog é disso um bom exemplo), e é bom que hoje disso tenhamos noção.

É também assim que a JSD quer actuar. Ser o veiculo da opinião dos jovens nos fóruns de discussão e de definição das politicas públicas em Portugal. Queremos entender o que sentem os jovens portugueses e, de acordo, com as nossas convicções e princípios defender as suas causas e prioridades.

Participa. Porque senão o fizeres alguém decidirá por ti.

Pedro Rodrigues
Presidente da JSD

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