quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Sócrates vai ficar na história como o primeiro-ministro "que levou o país à recessão"




O PSD defendeu hoje, na Assembleia da República, que José Sócrates "vai ficar na história" como o primeiro-ministro "que levou o país à recessão". O PS contestou e respondeu que o chefe de Governo "tirou a recessão do país".

Na sequência de uma declaração política do CDS-PP, o deputado social-democrata Hugo Velosa defendeu que, "independentemente da situação internacional, o Governo é responsável pela crise" em que vive o país, por ter promovido "políticas económicas erradas", deixando o país impreparado.

"O engenheiro Sócrates, como primeiro-ministro, vai ficar na história por ser o primeiro-ministro de um Governo que levou o país à recessão. Também vai ficar na história porque essa recessão vai ser cada vez pior", acusou Hugo Velosa.

Victor Baptista respondeu pelos socialistas às críticas do PSD, defendendo que José Sócrates é antes "o primeiro-ministro que tirou a recessão do país", afastando, em seguida, um cenário de recessão técnica ao comentar a evolução da economia portuguesa este ano. "Houve um trimestre com crescimento negativo. Recessão técnica é quando são dois trimestres sucessivos. Esteja tranquilo que ainda não é este ano que vai ter recessão", disse o deputado socialista, dirigindo-se a Hugo Velosa.

Victor Baptista contestou ainda que Portugal esteja hoje pior do que quando o Governo do PS entrou em funções, referindo que "até ao momento o país cresceu 4,9 por cento" e que "a taxa de desemprego passou de 7,5 por cento em Abril de 2005 para 7,3 por cento em Setembro de 2008, segundo dados do Eurostat". "O país está bem melhor nestes números do que em 2005", reforçou, assinalando em seguida a redução do défice orçamental.

O líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, também dirigiu críticas ao PS, afirmando que "Portugal não cresce, antes decresce" e que "o Governo está completamente desorientado", tendo passado por várias fases: "euforia, delírio, negação da realidade, precipitação e desorientação".

O deputado do PCP Honório Novo considerou, por sua vez, que "o país pode estar a entrar em recessão económica" e que durante o debate do Orçamento do Estado para 2009 "o Governo perdeu uma oportunidade para aprovar medidas que efectivamente combatessem a crise".

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