segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Discurso na Universidade de Verão : Ferreira Leite critica políticas económica e de segurança



A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, afirmou no seu discurso regresso político depois das férias que, “se continuarmos com esta política o país empobrece” e que com os sociais-democratas o país voltará a uma rota de “prosperidade” e “progresso”.

Ferreira Leite falava no encerramento da Universidade de Verão do PSD e acusou o Governo de Governar muito em função do espectáculo mediático e de confundir “espectáculo com actuação”. A “política do espectáculo” foi aliás um dos tópicos fortes do seu discurso, bem como a sensação de insegurança no país. “O Governo falhou perigosamente no âmbito da segurança interna”, disse.

Neste seu muito aguardado discurso, a presidente do PSD falou da existência de uma sensação de insegurança na sociedade e afirmou que “não se sente que os criminosos sejam perseguidos e punidos”.

Criticou também o facto de se fazerem operações policiais em directo para a televisão, nomeadamente em bairros problemáticos, mas deixou uma palavra de reconhecimento ao que considerou ser o bom trabalho das forças de segurança.

Máquina de comunicação “pouco democrática”

A líder social-democrata acusou também o Governo de ter “uma máquina de comunicação e de acção pouco democrática” e de procurar controlar os cargos públicos, deixando o Estado “muito vulnerável à corrupção”.

Considerou ainda que “Portugal está longe de beneficiar da democracia na sua plenitude” e propôs-se contribuir para a sua consolidação e “libertar o país e as instituições do sectarismo partidário”.

A presidente do PSD começou por dizer que “o Governo gasta imensa energia e recursos a tratar da comunicação e imagem”.
“O objectivo é enganar-nos”, acrescentou.

“Este clima de mistificação só tem sido possível porque está apoiado por uma máquina de comunicação e de acção pouco democrática", concluiu.

Medo de falar

Segundo a presidente do PSD, “são cada vez mais abafadas as vozes dos que sabem que isto não vai bem, mas que não podem falar muito alto porque há uma impressionante máquina socialista que controla, que persegue, que corta apoios, que gere favores ou simplesmente que demite”.

“Sem uma nova cultura de responsabilidade, mérito e isenção”, salientou, “o Estado é muito vulnerável à corrupção, ao tráfico de influências e ao enriquecimento ilícito”.

No que respeita à política social, Ferreira Leite acusou o Governo do PS de manter as desigualdades sociais e disse que “é preciso descentralizar a rede de apoios sociais”. Considera que “o Estado não deve fazer tudo” e que deve “orientar o apoio para quem precisa”.

Os resultados da governação “são medíocres”, disse ainda em jeito de balanço, para acrescentar que por isso “é preciso mudar de política”.

in jornal Publico

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